APONTAMENTO
SOBRE
O XX CONGRESSO DO PCP
Esta opção, sublinhou o
secretário-geral do PCP, no seu discurso de abertura do XX Congresso do
partido, passa por "enfrentar o problema da dívida, preparar o país para
se libertar do euro, rejeitar as imposições do tratado orçamental e de outros
instrumentos, assegurar o controlo público sobre a banca e o setor
financeiro".
***«***
Socorrendo-nos da célebre frase
de Émile-Auguste Chartier, e adaptando-a à situação, poderemos dizer que
Jerónimo de Sousa identificou a mãe de todos os vícios – a colossal dívida do
Estado à troika e aos privados – mas também a mãe de todas as virtudes – a
saída de Portugal do euro, a ruptura com o Tratado Orçamental e o controlo
público sobre banca e o sector financeiro.
Por mais piruetas que os
paladinos do europeísmo façam, por mais cantigas de embalar, que entoem, por
mais vantagens que apresentem, em relação à construção europeia (cheia de
entorses) a realidade acabará, tragicamente, por se impor, se não aparecer um
outro Alexandre que, com a sua espada, decepe o nó górdio de Portugal.
Com uma crise demográfica, que
vai agravar-se no futuro, e sem investimento público e privado (quem é que quer
apostar num país falido - uma falência já instalada, tal como afirmou
recentemente Thomas Mayer, ex-economista-chefe do Deutsche Bank), Portugal não
conseguirá crescer sustentadamente, nem gerar excedentes para satisfazer
compromissos financeiros, o que vai obrigar a alienar a privados o Estado
Social (saúde, educação e segurança social), uma opção que, segundo consta, já
estará a ser planeada secretamente, com o beneplácito da Alemanha e da Comissão
Europeia, e que envolve muitos lobies instalados.
Alexandre
de Castro
1 comentário:
Tudo pelo melhor
sempre
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