A historiadora e investigadora, Raquel Varela, publicou
na página do Grupo “Que se Lixe a Troika” um cartaz a anunciar uma manifestação
de protesto de bolseiros, investigadores e professores universitários, junto à
sede da Fundação para a Ciência e Tecnologia, a exigir melhores condições de
trabalho. Um jovem leitor, formado em Engenharia, no Instituto Superior Técnico,
apresentou-se com um comentário, a questionar Raquel Varela, de uma forma capciosa,
e utilizando argumentos falaciosos e retorcidos. Resolvi sair-lhe à frente,
para lhe dar uma arrochada, que, certamente, lhe deveria ter doído muito, pois
o meliante, que aqui irei designar por César Carvalhal, não tugiu nem mugiu,
tendo desaparecido, sem deixar rasto.
Eis as mensagens trocadas:
César
Carvalhal:
A Raquel Varela é contra os mercados de manhã e à tarde, quer subsídios, bolsas,
serviços públicos, etc. e tal. Já se lembrou de responder à principal pergunta?
Ou de sequer a fazer? De onde vem o dinheiro para tudo isso?
EU: César Carvalhal: O seu
comentário à publicação de um cartaz, por iniciativa da historiadora e
investigadora Raquel Varela, a anunciar uma manifestação de protesto de
bolseiros, investigadores e professores universitários, é de um primarismo
chocante, o que só é desculpável, quando assumido por ignorantes e por néscios.
Devolvo-lhe a pergunta. Possivelmente, o César Carvalhal
nasceu numa maternidade pública, sustentada exclusivamente pelos dinheiros dos
impostos, e os seus pais começaram a receber imediatamente o respetivo abono de
família, através da Segurança Social, para onde eu andei a descontar durante 35
anos. Depois, entrou na escola pública, que frequentou até ao 12º ano, que
completou, sem pagar um tostão, a não ser o dispêndio para os livros escolares.
Ingressou numa escola superior, para frequentar um curso, o de engenharia, um
dos mais dispendiosos para o erário público. O que os seus pais despenderam em
propinas não dava para pagar o vencimento de um ano a uma empregada de limpeza
dessa escola superior. Pergunto-lhe: de onde veio esse dinheiro todo, que andou
a gastar ao Estado? Porque não ficou, desde que nasceu, na incubadora da
maternidade, onde seria alimentado a leite e a soro, situação essa que teria
ficado mais barata para a comunidade, que agora tem de aturar o seu azedo
egoísmo geracional?
E, depois de ler este meu comentário, não me
apareça aqui, novamente, com respostas e argumentos idiotas e demagógicos,
pois, se assim acontecer, farei tudo o que estiver ao meu alcance para que a
sua família não venha a receber o subsídio do seu funeral.
4 comentários:
O dilema é sempre o mesmo....tudo vomita "postas de pescada", mas soluções nem vê-las....nem nos debruçamos sobre o essencial....De onde vem o dinheiro para uns e para outros nada.....Claro que alguns sabem..mas tudo se ignora.....Adorei a forma como o questionou e lhe fez ver certas situações...é lógico que não podia tugir nem mugir.....
Obrigado, Ana. Há uma subliminar campanha sobre os jovens, a incutir-lhes a ideia de que os atuais reformados estão a prejudicar o seu futuro. Este engenheirozeco absorveu a ideia.
Em resposta a uma pergunta legítima, faz um comentário ordinário, a demonstrar uma gritante falta de educação e, acima de tudo, falta de respeito pela opinião alheia e contrária. O César não sei, pois não conheço. Mas do que leio por aqui, chamar o Alexandre "néscio" ou "ignorante" é pleonasmo. Isto de andar na "net" só com botins! Corremos sempre o risco de vir parar a poços de merda como este.
Podes moderar à vontade. Não espero que aproves este comentário, mas vais lê-lo.
Passa bem.
Anónimo: Aceito e publico o seu comentário, mas não sem condenar, atendendo ao seu teor agressivo (para não dizer ofensivo), a assumida cobardia do seu anonimato. É que o anonimato é o seguro refúgio dos cobardes.
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