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domingo, 5 de janeiro de 2014

O problema do PS é este: tem muitos telhados de vidro


Portas diz que Seguro não tem autoridade para criticar Governo

Paulo Portas disse que José Seguro não tem "nem razão, nem autoridade" para criticar o alargamento da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), decidida pelo Governo como uma das medidas alternativas ao "chumbo" da convergência de pensões.
" Portas salientou também que "a TSU das pensões aplicava-se a reformas de 400 euros, o que é socialmente inaceitável" enquanto a medida do governo é o alargamento da base da CES "para reformas entre os 900 e os mil euros".
Para Paulo Portas, o líder do PS também não tem autoridade para as críticas que fez, dado que "a última medida que o Partido Socialista tomou sobre pensões foi congelar pensões mínimas, pensões sociais e pensões rurais, que tinham um valor mensal entre 200 euros e 250 euros".

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O problema do PS é este: tem muitos telhados de vidro. Tal como Passos Coelho, também José Sócrates aumentou os impostos, depois de  ter prometido o contrário, na campanha eleitoral que o elegeu. Tal como Passos Coelho, também José Sócrates fez incidir, através dos PEC, sobre os reformados e sobre os desempregados, as primeiras medidas de austeridade. Tal como Passos Coelho, também José Sócrates considerou ricos todos os trabalhadores que auferissem salários a partir dos mil e quinhentos euros. Durante estes quarenta anos de democracia, estes dois partidos, o PSD e o PS, rivalizaram no jogo de alterne com os portugueses, utilizando duas narrativas, uma para ser utilizada enquanto força política na oposição e outra destinada a ser difundida, enquanto governo.
E é esta verosimilhança de propósitos e de comportamentos, que nos tem levado a afirmar que se tratam de dois partidos que são as faces da mesma moeda, apenas com algumas diferenças em relação ao acessório.
AC

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