Portas diz que Seguro não tem autoridade para
criticar Governo
Paulo Portas disse que José Seguro não tem
"nem razão, nem autoridade" para criticar o alargamento da
Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), decidida pelo Governo como
uma das medidas alternativas ao "chumbo" da convergência de pensões.
" Portas salientou também que "a TSU
das pensões aplicava-se a reformas de 400 euros, o que é socialmente
inaceitável" enquanto a medida do governo é o alargamento da base da CES
"para reformas entre os 900 e os mil euros".
Para Paulo Portas, o líder do PS também não tem
autoridade para as críticas que fez, dado que "a última medida que o
Partido Socialista tomou sobre pensões foi congelar pensões mínimas, pensões
sociais e pensões rurais, que tinham um valor mensal entre 200 euros e 250
euros".
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O problema do PS é este: tem muitos telhados de
vidro. Tal como Passos Coelho, também José Sócrates aumentou os impostos,
depois de ter prometido o contrário, na
campanha eleitoral que o elegeu. Tal como Passos Coelho, também José Sócrates
fez incidir, através dos PEC, sobre os reformados e sobre os desempregados, as
primeiras medidas de austeridade. Tal como Passos Coelho, também José Sócrates
considerou ricos todos os trabalhadores que auferissem salários a partir dos mil
e quinhentos euros. Durante estes quarenta anos de democracia, estes dois
partidos, o PSD e o PS, rivalizaram no jogo de alterne com os portugueses,
utilizando duas narrativas, uma para ser utilizada enquanto força política na
oposição e outra destinada a ser difundida, enquanto governo.
E é esta verosimilhança de propósitos e
de comportamentos, que nos tem levado a afirmar que se tratam de dois partidos
que são as faces da mesma moeda, apenas com algumas diferenças em relação ao
acessório.
AC
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