Escreveu o jornal i: Apesar de alguns indicadores económicos
positivos [o défice orçamamental de 2013, a ultrapassar ligeiramente os
objetivos da troika], Freitas do Amaral considerou que "as melhorias são
muito pequenas" e comparou: "É como se uma pessoa estivesse com 40 de
febre e se fizesse uma festa por passar para 39,8". Pediu, por isso, aos
portugueses que nas próximas eleições saibam "aplicar o castigo
justo" ao atual Governo.
E eu acrescento: se deixar de dar de comer ao
meu filho, daqui por dois anos até posso comprar um Mercedes.
Não houve da parte do governo nenhum mérito
neste resultado das contas públicas, que não assentou em medidas sustentáveis
para o futuro. Ele foi conseguido à custa do aumento das receitas do IRS, não
porque em 2013 tivesse havido um aumento dos rendimentos dos trabalhadores e
dos pensionistas, mas sim, porque o governo, acentuando a austeridade, aumentou
as taxas de incidência daquele imposto. E este cenário, um novo aumento das
taxas de IRS, não vai ser possível no futuro, o que leva o governo a querer
transformar em definitivos os cortes provisórios das pensões, para assim consolidar
as contas públicas, pelo lado da diminuição da despesa.
Os reformados, a classe mais vulnerável e indefesa,
juntamente com a dos desempregados, continua a ser uma presa fácil para este
governo, que apenas se preocupa com os mercados e com os compromissos com os credores
internacionais, ignorando o contrato social do Estado com os pensionistas.
AC
2 comentários:
São loucos....Só que infelizmente, há gente que acredita que eles estão a fazer tudo muito bem....e então com esta notícia...pois é, mas quem está a pagar isto são sempre os mesmos...os lordes são intocáveis...Não tenho a menor dúvida que eles estão a preparar terreno para nunca mais voltarem a repor o que tiraram aos pensionistas....os impostos vão continuar a subir....para quê...ser o bom aluno da Troika....e, assim a Alemanha à custa do pobre português, vai baixar a idade da reforma e nos aumentamos......Isto parece um filme de ficção...de terror...
Dizia Jean Monet, um dos fundadores da CEE, que as pessoas só compreendem a crise, quando ela lhes cai na cabeça.
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