Carta a
uma amiga sobre a semelhança entre Donald Trump e Hitler
Amiga Lara:
No meu texto, que lhe enviei, e que anteontem
publiquei no blogue Alpendre da
Lua, eu dizia que Trump me recordava Hitler.
Hitler ganhou o poder, porque, discretamente,
foi apoiado fortemente, no ponto de vista político e financeiro, pelos grandes
industriais alemães, que viviam em pânico, perante o avanço do movimento
comunista. Cada vez mais, intelectuais, operários e franjas das classes médias
começaram a aderir ao marxismo. Por outro lado, as eleições “livres”, burguesas,
antes, devidamente condicionadas pelo pensamento dominante, inspirado pelo
grande capital, começaram a abrir brechas e a não corresponder aos interesses
das classes dominantes. Era necessário uma ditadura e um demagogo, que a
dirigisse, e que soubesse, para encobrir o que de odioso todas as ditaduras
têm, encontrar um inimigo, que o povo, intimamente, também odiasse. Esse povo,
foi o povo judeu. E à boleia da perseguição aos judeus, meteram-se no mesmo
saco os comunistas.
Donald Trump poderá muito bem ser uma emanação política dos mais secretos e sujos interesses das multinacionais americanas e do poderosíssimo clã sionista-judaico, que impera na banca e move todos os cordelinhos na política.
Aliás, Israel vive à custa dos movimentos desses
cordelinhos.
Falta falar da guerra. Há duas semanas, a tensão
entre os EUA e a Rússia esteve ao rubro, o que levou Putin a ter de exibir um
sofisticado míssil balístico, capaz de atingir o coração da América, respondendo
assim à construção de bases de lançamento de mísseis, pela NATO, na sua
fronteira ocidental. A guerra da Síria, país que os EUA precisam de
neutralizar, para dominar o Médio Oriente, está a ser o ensaio geral de uma
guerra total. E Trump é suficientemente louco, tal como Hitler, para a
desencadear.
2 comentários:
Um autêntico louco sim...anda tudo louco. Vamos aguardar os episódios que se seguem....já está a ver-se grandes manifestações...o inicio do Caos...Os interesses monetários a sobreporem-se aos direitos humanos...
Amiga Lara:
Amiga Lara
Olhando para a História, eu não vejo estabelecida essa correlação, entre o declínio de um império e a loucura de um imperador. Julgo que o autor citado [De Vilepin] está muito centrado no caso de Hitler e de Mussoline, ambos paranóicos. Por outro lado, o declínio de qualquer império tem de se encontrar nas inevitáveis contradições que a sua formação e desenvolvimento engendraram. Ao atingir o cume do seu desenvolvimento, o império, acomodado num poder imenso, começa, progressivamente, a não ter resposta para as realidades (políticas, económicas e sociais), que ele próprio criou. É esse o processo dialéctico que, em cada caso, deve ser estudado e compreendido.
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