SINDICATO
DOS MÉDICOS DA ZONA SUL
A
perseguição política na Saúde continua a beneficiar
de completa
impunidade
Durante
a vigência do anterior governo foram denunciados vários processos persecutórios
a dirigentes sindicais médicos, concretamente da FNAM (Federação Nacional dos
Médicos), mas que beneficiaram de uma completa impunidade e tolerância da
anterior equipa ministerial.
A
nível dos hospitais do Barreiro e Almada foram estabelecidos processos
disciplinares a dirigentes sindicais por exercerem tão somente as suas funções
legais no plano sindical e denunciarem aspectos controversos por parte das
respectivas equipas de gestão.
No
caso do Hospital de Leiria foi aplicado um despedimento sumário a uma dirigente
sindical a pretexto do famigerado período experimental porque não aceitou um
horário de trabalho que não respeitava o contrato assinado.
Apesar
das múltiplas denúncias públicas e das exigências de intervenção ministerial, o
anterior titular da pasta sempre se mostrou indiferente e permitiu a impunidade
daqueles elementos das administrações por si nomeadas por critérios
partidários.
Já
na vigência do actual governo, no início do passado mês de Fevereiro,
efectuámos uma denúncia sobre a situação existente no Centro Hospitalar
Psiquiátrico de Lisboa e o clima persecutório aí instalado.
Mais
recentemente tivemos conhecimento de um insólito processo persecutório a dois
profissionais da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, sendo um deles
médico, que se limitaram a dar um contributo técnico pessoal a um deputado do
PS, e a pedido deste, sobre tópicos de gestão para essa unidade e que tendo
chegado ao conhecimento da respectiva administração motivou da parte desta a
imediata instauração de processos disciplinares.
Deste
modo, constatamos que o actual Ministério da Saúde reconduziu as mencionadas
administrações que desencadearam processos persecutórios aos dirigentes
sindicais.
No
caso do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, ao fim de 5 meses, continua a
referida administração a gozar de completa impunidade à semelhança do que
aconteceu com o governo anterior.
E
neste caso mais recente, Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, sendo do
conhecimento do próprio ministro o que se está a passar, nada foi feito por ele
para interromper este processo escandaloso, só faltando saber se não será essa
administração também reconduzida.
Estas
situações escandalosas e indignas de um Estado democrático não podem continuar
a ser toleradas e muito menos a conferir impunidade aos seus executores.
O
Sindicato dos Médicos da Zona Sul/ FNAM irá desenvolver todos os esforços na
denúncia destes comportamentos e, sobretudo, das conivências políticas
inexplicáveis que permitem a continuidade de tais administradores.
Lisboa,
29/6/2016
A
Direção do Sindicato dos Médicos da Zona Sul
1 comentário:
Sem médicos e enfermeiros motivados profissionalmente, não há Serviço Nacional de Saúde que resista.E os portugueses precisam do SNS, como do pão para a boca.
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