As ruas da minha cidade encheram-se de blindados do
Exército. Outra vez. [Expresso]
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A Europa não pode aliar-se com quem a vem atacar no próprio coração
Ontem,
quando publiquei aqui um vídeo humorístico sobre o terrorismo bombista dos
fanáticos jihadistas muçulmanos, a coisa era a brincar. Hoje, em Bruxelas, foi
a sério. E continuará a ser a sério, no futuro, enquanto a Europa continuar a
fomentar guerras no Médio Oriente e a fornecer armamento a grupos rebeldes, que
combatem regimes daquela região, que lhe são hostis, como é o caso do governo
da Síria, ou a assinar acordos, como aquele que assinou, há dias, com o regime
do fundamentalista Ergodan, da Turquia, que é um autêntico tiro no pé, já que a Turquia joga, no xadrez do Médio Oriente, com um pau de dois bicos. A Turquia, por um lado, e formalmente, é um membro da NATO, logo um aliado do ocidente, mas, por outro lado, e secretamente, apoia o extremismo islâmico, colaborando activamente com o ISIS (Estado Islâmico). O território da Turquia é a placa giratória do trânsito dos terroristas entre o Médio Oriente e o ocidente. É pela Turquia que as armas, provenientes da Europa, chegam ao ISIS.
O palhaço do Eliseu e a vaca de Berlim ainda não perceberam (ou não querem perceber) que basta meia dúzia de muçulmanos fanáticos para porem em polvorosa uma cidade como Paris, Bruxelas ou Berlim. E, além da fome, nada é mais desestabilizador para a vida de uma cidade, do que a percepção, por parte dos cidadãos, da falta de segurança no espaço público.E o problema não se resolve apenas com o reforço da segurança, e muito menos com a transformação da Europa numa fortaleza securitária. O reforço da segurança interna é necessário, pois o inimigo está cá dentro, assim como é necessária a apertada vigilância das fronteiras, as da UE e as dos países que a compõem. Mas o grande problema continua a ser político, mais propriamente, um problema de política externa. E, neste domínio, a Europa tem de se demarcar das intenções belicistas dos EUA, em relação ao Médio Oriente, um processo que teve início com a absurda invasão do Iraque, justificada com o obtuso argumento da existência de armas de destruição maciça e massiva, e que, posteriormente, nunca foram encontradas, o que me levou a afirmar que os serviços secretos ocidentais confundiram as caixas de fósforos, que os iraquianos traziam nos bolsos, para acender cigarros, com as tais perigosíssimas armas.
O palhaço do Eliseu e a vaca de Berlim ainda não perceberam (ou não querem perceber) que basta meia dúzia de muçulmanos fanáticos para porem em polvorosa uma cidade como Paris, Bruxelas ou Berlim. E, além da fome, nada é mais desestabilizador para a vida de uma cidade, do que a percepção, por parte dos cidadãos, da falta de segurança no espaço público.E o problema não se resolve apenas com o reforço da segurança, e muito menos com a transformação da Europa numa fortaleza securitária. O reforço da segurança interna é necessário, pois o inimigo está cá dentro, assim como é necessária a apertada vigilância das fronteiras, as da UE e as dos países que a compõem. Mas o grande problema continua a ser político, mais propriamente, um problema de política externa. E, neste domínio, a Europa tem de se demarcar das intenções belicistas dos EUA, em relação ao Médio Oriente, um processo que teve início com a absurda invasão do Iraque, justificada com o obtuso argumento da existência de armas de destruição maciça e massiva, e que, posteriormente, nunca foram encontradas, o que me levou a afirmar que os serviços secretos ocidentais confundiram as caixas de fósforos, que os iraquianos traziam nos bolsos, para acender cigarros, com as tais perigosíssimas armas.
Em
todas as guerras levadas a cabo pelos Estados Unidos, contra países árabes, e o
apoio ao Estado de Israel, na sua luta cruel contra o povo da Palestina,
verificou-se sempre o envolvimento da Europa, com a França a liderar esse
envolvimento, como aconteceu na invasão da Líbia. Hoje, já se sabe que a França
treinou, no território sírio, dominado pelos rebeldes, que lutam contra o
presidente Bashar al-Assad, militantes do ISIS (Estado Islâmico). Também se
sabe que a França vende armas a esses rebeldes, que, posteriormente, vão para
as mãos do ISIS. A Alemanha e a Bélgica também entram nesses negócios. E isto
para não falar da aliança do ocidente com a Arábia Saudita, o país que mais financia o
terrorismo jihadista e que, ao mesmo tempo, tem um projecto ambicioso para implantar o Islão na Europa, através da disseminação de madrassas e de mesquitas, por tudo que
é sítio no espaço europeu.
Resumindo: a Europa não pode aliar-se nem financiar quem, posteriormente, a vem atacar no seu coração, matando cidadãos europeus inocentes.
Resumindo: a Europa não pode aliar-se nem financiar quem, posteriormente, a vem atacar no seu coração, matando cidadãos europeus inocentes.
2 comentários:
Há muito que tudo isso para mim é claro....
...e eu hesitaria em falar de inocência. Quem olhou e não quis ver, quem soube e não quis saber, quem ouviu e não quis dizer...
Os inocentes são unicamente as crianças!
(Até eu me sinto culpado)
Tens razão
mas não basta
A hipocrisia serve-se fria nos Parlamentos
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