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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Esta noite choveu prata sobre o rio


 

Esta noite choveu prata sobre o rio
 
Esta noite choveu prata sobre o rio
eram lágrimas de dor do sufoco do poema
derramadas às portas da cidade… 

E Lisboa emudeceu...
Ficarei a vaguear por aqui
banhando-me no rio com as Tágides
até ao dia das auroras e da reverberação da luz
na lâmina líquida das águas
e a acordar todos os sonhos adormecidos...
...
E Lisboa adormeceu… 
 
                                                              Alexandre de Castro
 
Lisboa, Dezembro de 2015

 

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