ERA
QUATERNÁRIA
Olho
aquele sílex desta era,
a Quaternária,
a Quaternária,
moldado
por aquela mão rugosa,
de nervos e veias em relevo,
que, enfim,
uniu o polegar aos outros dedos ...
A gruta guardou a escuridão do tempo,
no silêncio cortante de arestas,
e o sílex rasgou a pedra
em riscos imberbes da primeira infância,
pela mão do homem
que, balbuciando preces
à luz, ao sol e ao trovão,
estremeceu aos vagidos de cada alvorada
Bípede, ergueu-se na altivez
da coluna erecta ...
Façanha única!...
Foi daquela mão talhando a pedra
que nasceu o inacabado poema
que a humanidade escreveu.
de nervos e veias em relevo,
que, enfim,
uniu o polegar aos outros dedos ...
A gruta guardou a escuridão do tempo,
no silêncio cortante de arestas,
e o sílex rasgou a pedra
em riscos imberbes da primeira infância,
pela mão do homem
que, balbuciando preces
à luz, ao sol e ao trovão,
estremeceu aos vagidos de cada alvorada
Bípede, ergueu-se na altivez
da coluna erecta ...
Façanha única!...
Foi daquela mão talhando a pedra
que nasceu o inacabado poema
que a humanidade escreveu.
Alexandre
de Castro
Lisboa,
Maio de 1991
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