Como português, eu também sou catalão…
Ontem, emocionei-me ao ouvir a "Grândola
Vila Morena", a ser entoada, com fervor patriótico, pelos catalães que
desfilavam pela Carrer de la Marina, em Barcelona, numa gigantesca manifestação
(750 mil manifestantes), a exigir a libertação dos dirigentes políticos
(eleitos), que foram presos, por ordem do poder central fascizante e
pós-franquista de Madrid. E emocionei-me, porque a canção do Zeca Afonso, que
se canta com o coração cheio, traduziu, simbolicamente e com oportunidade, o
meu profundo envolvimento emocional com a árdua e persistente luta dos
catalães, pela sua independência política, envolvimento emocional este que não
é de agora, mas que remonta até ao início dos ano setenta, do século passado. E
fui repescar um texto que escrevi no meu blogue, em Novembro de 2014, e que
deixo aqui, a propósito da grande
vitória dos independentistas no referendo simbólico sobre a independência da
Catalunha, então realizado, em que 80,76%, dos 2,3 milhões de pessoas que
votaram, apoiaram a opção de que a Catalunha fosse um Estado independente.
E, nesta luta, e como português, eu também sou
catalão.
Alexandre
de Castro
2017 11 12