"Eu fiz todos estes esforços, estamos muito
melhor, agora vocês também têm de fazê-los", dizem os países pequenos à
Grécia.
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Trata-se de uma manifestação infantil de um
grande complexo de inferioridade.No caso de Portugal, dizer que o país está
melhor é uma grande falácia. O crescimento da economia é raquítico, a dívida
pública aumentou, e, a manter-se a atual política, terá de haver muito mais
austeridade para a a pagar, e é por isso que o FMI e a Comissão Europeia têm
vindo a dizer, constantemente, que é necessário cortar mais nas pensões e nos
salários. O desemprego continua elevado, e o desemprego de longa duração já
penetrou nas gerações mais novas, o que é muito grave.O único indicador
macro-económico que o governo controlou foi o défice orçamental. Mas isto é o
mais fácil, pois até um porteiro do Ministério das Finanças conseguiria
aumentar os impostos e cortar nas pensões, nos salários e nas despesas dos
serviços sociais. E se Portugal passou no exame da troika e saiu do plano de
ajustamento, no ano passado, é porque um segundo caso de fracasso, depois do da
Grécia, faria cair por terra a validade do modelo austeritário aplicado. Por
outro lado, também se impunha a necessidade de premiar a fidelidade,
humilhantemente canina, de Passos Coelho e do seu governo.
Em 2016, iremos ser duramente ser confrontados
com a verdade. Quem anda a dizer que Portugal não é a Grécia está profundamente
enganado. Portugal anda apenas atrasado um ano e meio, em relação ao único país
que soube bater o pé e dizer não.
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