Costa quer mudar a Europa, a começar pelo euro
Numa altura em que se discute a eleição de presidente
do Eurogrupo, o primeiro-ministro defendeu, em frente a socialistas europeus,
que tem de haver uma reforma da união económica e monetária para que deixe de
haver “uma moeda do Sul e outra do Norte”.
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Se Costa acredita no que disse, é um ingénuo. Se
não acredita, é um malabarista.
Inclino-me para a segunda hipótese, em que se
debita o discurso que Angela Merkel vai gostar de ouvir. Mais Europa, até ao
sufoco total, mais integração, até à perda de soberania, e mais dependência em
relação ao imperialismo financeiro europeu, que tem as suas agências políticas
em Bruxelas, em Berlim e em Paris.
Em relação ao euro, tenho de contar ao Costa
aquela minha história da criança que vestiu o casaco do pai, Era grande demais,
o que lhe dificultava os movimentos.
É dos livros de economia e de finanças: o valor cambial da moeda da economia de um país deve seguir em linha com o nível da produtividade, bem como com o nível do seu PIB per capita. E estes dois indicadores económicos são muito baixos, em Portugal, o que o coloca no último grupo dos países europeus, onde apenas se encontram os países de Leste.
É dos livros de economia e de finanças: o valor cambial da moeda da economia de um país deve seguir em linha com o nível da produtividade, bem como com o nível do seu PIB per capita. E estes dois indicadores económicos são muito baixos, em Portugal, o que o coloca no último grupo dos países europeus, onde apenas se encontram os países de Leste.
Não nos contem a história do Capuchinho
Vermelho, porque o lobo mau está ali, ao dobrar a esquina.
Alexandre
de Castro
2017 12 03