FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS
COMUNICADO
A
Comissão Executiva da FNAM, reunida a 13/05/2016, entendeu divulgar as
seguintes questões fundamentais:
1. A
28/11/2015, a FNAM entregou ao actual Ministério da Saúde um caderno negocial
que até hoje não teve resolução dos seus pontos principais.
A ausência de uma linha de rumo político para a superação dos problemas acabará por determinar a criação de um ambiente conflitual.
A ausência de uma linha de rumo político para a superação dos problemas acabará por determinar a criação de um ambiente conflitual.
2. A
opção poítica do Governo a nível do Orçamento de Estado para 2016 em não
proceder ao adequado pagamento do trabalho extraordinário dos médicos enquanto
paga um montante global várias vezes superior a empresas de cedência de
mão-de-obra médica, merece o mais vivo repúdio, o mesmo acontecendo com a
decisão de proceder à criação de um universo crescente de médicos
indiferenciados que, a concretizar-se, terá as mais nefastas consequências na
qualidade da prestação dos cuidados de saúde.
Importa
lembrar que o aviso prévio da greve dos médicos convocada pela FNAM e realizada
em Junho de 2014 estabelecia no seu ponto n.º 13 a exigência do "pagamento
adequado do trabalho extraordinário e o fim dos cortes nos vencimentos e
reformas".
3. A
FNAM considera que a recente revogação da Portaria n.º 112/2014 que determinava
a transferência de competências específicas da Medicina do Trabalho para a
actividade da Medicina Geral e Familiar, se trata de uma medida positiva e que
elimina a perversão da qualidade assistencial dos Centros de Saúde.
Importa recordar que esta questão esteve também presente nos objectivos da referida greve dos médicos.
Importa recordar que esta questão esteve também presente nos objectivos da referida greve dos médicos.
4. A
FNAM reafirma que na sua acção quotidiana a defesa dos interesses dos
médicos e a assumpção das suas posições de princípio não dependem
de situações circunstanciais ou de alteração do poder político.
Sempre
numa perspectiva de convergência e de unidade entre as várias organizações
médicas que torne mais eficaz a acção reivindicativa e negocial, a FNAM
continuará a desenvolver todos os esforços para contrariar a degradação
contínua da situação geral do sector a que se assiste.
5. A
FNAM decidiu reenviar, actualizado, o seu Caderno Negocial ao Ministro da
Saúde, solicitando o agendamento imediato da sua discussão.
Coimbra,13/05/2016
A Comissão Executiva da FNAM
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