Na realidade, foi um golpe, inspirado do exterior e levado a cabo por políticos que estão indiciados e a ser investigados por crimes de corrupção. Tratou-se de um execrável assassinato político, perpetrado por uma classe política indigente, repugnante e sem mérito, que se serve do Estado para fins pessoais. Acima de tudo, tratou-se de um assassinato de carácter da cidadã Dilma Rousseff, que não cometeu qualquer crime (apenas cometeu prováveis erros políticos, admitiu ela, no seu último discurso como Presidente da República) e que vai carregar durante toda a vida o labéu de uma acusação falsa, imprópria, covarde e perversa. Aos trogloditas da Câmara de Deputados e do Senado, que aprovaram a sua destituição, ela, embora ferida no seu íntimo, respondeu com um discurso marcado pela dignidade, pela sobriedade e pela elevação. Mas foi também um discurso de combate, pela luta do seu bom nome e contra a injustiça de que foi vítima.
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AQUARELA DO BRASIL (letra e vídeo) com GAL COSTA,
vídeo MOACIR SILVEIRA
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3 comentários:
Quando o presidente empossado, em investigação no caso Lavajato, indigita oito ministros igualmente investigados, está tudo dito. Depõe-se uma presidente que não está acusada de nenhum crime para a substituir por putativos criminosos!
Transcrição de um comentário de Maria Eu, que o sistema impede de publicar directamente:
Maria Eu: Quando o presidente empossado, em investigação no caso Lavajato, indigita oito ministros igualmente investigados, está tudo dito. Depõe-se uma presidente que não está acusada de nenhum crime para a substituir por putativos criminosos!
Tem toda a razão, Maria Eu. Retive também esse espantoso e inacreditável aspecto, ao qual a imprensa portuguesa não deu relevo. Vi a notícia apenas num jornal.
Esses ministros indigitados por crimes de corrupção passam a beneficiar do estatuto do "foro protegido" (impunidade), e os processos judiciais ficam suspensos.
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