Memória da Guerra Civil
 Memória da
Guerra Civil
 
Percorro
esta Espanha profunda e ferida,
incendiada
pela
metralha...
Farta
de fomes de vidas,
esfarrapada
em
sangue e dor...
 
Mataram
a esperança renascida
no
grito solto às portas de Madrid,
pela
Pasionária ...
"No
passaron" ...
 
Viva
la Muerte... Viva
la Muerte...
Era
o grito ébrio do vendaval do terror
da
outra barricada,
arrancado
do fundo das entranhas...
Ao
som dos clarins,
eles
desfilavam em triunfo nas marchas marciais,
invocando
a barbárie
 nas
vibrações dos sabres, de sangue ainda quente,
 manchados.
 
Mataram
Garcia Lorca, em Granada ...
Mataram
a cultura...
E
nos curros da praça de Badajoz
ficaram
sós
 no
silêncio da matança,  
deambulando
na orgia
da
sua loucura e da sua demência !...
  
                                              Alexandre
de Castro
 
Lisboa, Abril de 2000
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 comentários:
Belo poema, nunca é de mais lembrar este e outros horrores do fascismo
Sem dúvida, Emilio Rodrigues.É importante conhecer o passado, para melhor compreender o presente.
Obrigado, pelo seu comentário.
Enviar um comentário