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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Poema aos ventos dos céus

 


Poema aos ventos dos céus

 

 Ah!... Como é dilacerante

a luta entre o Espírito e a carne

entre a Matéria e o Verbo

a Terra treme debaixo dos meus pés

quando amo

e todos os sonhos do mundo

cabem dentro de mim…

 

Não há paz no Universo

para meu sossego…

 

Procuro-te, oh deusa dos céus

dentro da minha visão lunática

que me leva ao princípio dos abismos…

 

Tudo se apaga à minha volta

e só consigo ver o luzeiro do céu estrelado,

e ouvir o galope dos ventos cósmicos

que te fecundam…

 

Alexandre de Castro

 

Lisboa, Outubro de 2015