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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Poema onde cabe o silêncio...


Poema onde cabe o silêncio…

Falas-me todos os dias
naqueles teus silêncios mudos
em que és a excelsa  esfinge
e a inefável  musa…
Falas-me com os teus olhos líquidos
pousados na minha sombra
para eu ouvir o eco do teu corpo
e eu sinto o aperto do teu abraço
a envolver o mundo,
e mergulho no teu sono
onde estão guardadas todas as tuas jóias…
Caminho pelos trilhos da escuridão
entre mundos que se repetem e se consomem
na voracidade do tempo…

Jamais me encontrarei comigo próprio…
Sou a raiz viva de uma árvore morta…

Alexandre de Castro

Lisboa, Junho de 2016