Poema onde cabe o
silêncio…
Falas-me
todos os dias
naqueles
teus silêncios mudos
em
que és a excelsa esfinge
e
a inefável musa…
Falas-me
com os teus olhos líquidos
pousados
na minha sombra
para
eu ouvir o eco do teu corpo
e
eu sinto o aperto do teu abraço
a
envolver o mundo,
e
mergulho no teu sono
onde
estão guardadas todas as tuas jóias…
Caminho
pelos trilhos da escuridão
entre
mundos que se repetem e se consomem
na
voracidade do tempo…
Jamais
me encontrarei comigo próprio…
Sou a raiz viva de uma árvore morta…
Alexandre
de Castro
Lisboa,
Junho de 2016