A parolice do doutor Costa em relação
aos novos impostos da UE
Ao chegar-se à frente na questão da criação de
mais impostos europeus, o doutor Costa quer ser mais papista que o próprio
Papa. Ou, então, estará a abrir caminho - através da exibição de um fanático e
ridículo europeísmo - para vir a ocupar, no futuro, um cargo de prestígio nas
instâncias europeias, após cessar as suas funções de primeiro-ministro de
Portugal. Seja como for, fica-lhe mal a assumpção desta expressiva e bacoca
profissão de fé europeísta, inquinada por um escandaloso e rasteiro servilismo,
que envergonha o país. Eu até não sei se a ideia não lhe teria sido encomendada
por alguém importante, de Bruxelas, de Paris ou de Berlim, para, assim, se
iniciar uma campanha promocional que facilite a aceitação, por parte da opinião
pública europeia, da criação de mais impostos comunitários. É que esta
declaração extemporânea e absurda, que não cabe em nenhum contexto político das
funções de um primeiro-ministro, enquanto tal (nenhum primeiro-ministro dos
países da UE veio a terreiro falar disto), vai levar o médio cidadão europeu a
formular o seguinte raciocínio: Se Portugal, um país pequeno e pobre, e que foi
crucificado na cruz da troika,
aceita, de bom grado, a criação de mais impostos comunitários, porque não
aceitar a ideia como útil e razoável?
Mais uma vez, Portugal tem um primeiro-ministro
a fazer a quixotesca figura do "Bom Aluno" da Europa, uma postura que
foi comum a todos os primeiros-ministros, depois da adesão à UE. Parolice promovida...
Alexandre
de Castro
2018 02 13