Kim
oferece botão nuclear a Trump e diálogo a Seul
Garantindo que a Coreia do Norte já é "uma
potência nuclear completa" mas "responsável", líder de Pyongyang
mostra-se interessado em ver os seus atletas nos Jogos Olímpicos de Inverno,
daqui a um mês na Coreia do Sul.
… “Os EUA devem sabem que o botão para as armas
nucleares está na minha secretária. Isto não é chantagem, é a realidade”,
disse, antes de sublinhar o alcance do armamento do seu país. “Toda a área
continental dos EUA está dentro do alcance dos nossos ataques nucleares”,
afirmou. Pelo que “os EUA nunca poderão começar uma guerra contra mim e contra
o nosso país”. Como líder de uma “nação responsável”, Kim também promete que “estas
armas só serão usadas se a nossa [do regime norte-coreano] segurança for
ameaçada”.
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Exceptuando a clamorosa derrota no Vietname,
nunca os EUA foram tão humilhados! Donald Trump teria preferido levar uma
bofetada na cara, do que ter de se sujeitar à corrosiva ironia do líder
norte-coreano, que o deixou sem resposta.
Este incidente "sui generis" vai ficar
na História da Diplomacia, e só não teve uma grande ressonância mediática,
porque os meios de comunicação social do sistema procuraram limitar a dimensão
do escândalo e de ter de vir a reconhecer o desgaste dos EUA.
E será a China que, daqui por una anos, irá ter
na mão a chave da liderança do mundo, quer na economia, quer no poderio
militar. A Coreia do Norte é, apenas, um dos seus braços nucleares, e que lhe
obedece inteiramente, embora esse domínio não seja assumido publicamente. Foi, possivelmente,
neste processo de relacionamento, entre a China e a Coreia do Norte, que os EUA
se inspiraram na estratégia de encomendar a guerra a terceiros, através da
acção subversiva da CIA, no Médio Oriente.
Alexandre
de Castro
2018 01 01