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sexta-feira, 26 de março de 2021

A minha “poeta”


 

A minha “poeta”

 

Nenhuma boca pode dizer as palavras 

que tu já me disseste 

nem eu as ouvirei, se alguém as imitar. 

Só pela tua boca, eu sei falar e respirar 

e nem precisas de inventar novas palavras, 

para  eu poder viver! 

Guardarei no meu silêncio os teus sussurros

de todas as palavras que me ofereceste 

mesmo aquelas que mais me doeram

e que eu já esqueci.

...

Por isso, tu serás sempre a “poeta”

a minha "poeta"!...

Mesmo que desertes

mesmo que tudo tenha de chegar ao fim.

 

Alexandre de Castro

 

Lisboa, Março de 2013 


quarta-feira, 24 de março de 2021

Ode ao amor


 



Ode ao amor
"Uma tarde que jamais esquecerás
chega a tua casa e senta-te à mesa.
Pouco a pouco terá um lugar em cada quarto,
nas paredes e nos móveis estarão as suas marcas,
abrirá a tua cama e amarrotará a almofada.
Os livros da biblioteca, precioso tecido de anos,
acomodar-se-ão ao seu gosto e semelhança,
mudarão de lugar as fotografias antigas.
Outros olhos contemplarão os teus hábitos,
as tuas idas e vindas entre paredes e abraços
e serão diferentes os ruídos quotidianos e os cheiros.
Uma qualquer tarde que jamais esquecerás
o que desarrumou a tua casa e habitou as tuas coisas
sairá pela porta sem dizer adeus.
Terás de começar a fazer de novo a casa,
arrumar os móveis, limpar as paredes,
mudar as fechaduras, quebrar os retratos,
varrer tudo e continuar a viver."
___________María Mercedes Carranza
( Colômbia, Bogotá, 24 de maio de 1945 – 11 de Julho de 2003)

O meu comentário:
Um poema lindíssimo, embora a tradução, que é difícil, não tenha sido capaz de captar a essência subliminar da versão original.

sexta-feira, 19 de março de 2021

Dois tempos, duas épocas...


© Luís Lobo Henriques: Fotografia.


Este é mais um testemunho visual, que retrata bem a paisagem humana e a vida dura das populações do mundo rural do interior do Portugal profundo, principalmente o mundo das populações das aldeias transmontanas, e que perdurou até às décadas sessenta e setenta, do século passado. A emigração em massa dos jovens, naquela primeira década citada, além de ter sido um grande pontapé no regime Salazarista, como também foi o desferido pela injusta Guerra Colonial, que sacrificou a vida  dos jovens da minha geração, abriu as portas para a heróica Revolução de Abril, que devolveu a liberdade aos portugueses e permitiu uma nova era de progresso económico e social.
                                                                                                                Alexandre de Castro

quinta-feira, 11 de março de 2021

 

Autor: Afonso Armada de Castro

Excelente, na concepção e na execução. Com uma economia de meios pictóricos, o autor consegue exprimir a imagem da "factura" e a dos estilhaços do "caos"...

quarta-feira, 10 de março de 2021

PINHÃO | VAMOS VOAR | Imagens aéreas em 4K



O Douro é um pedaço do mediterrâneo, encravado entre o planalto transmontano e o planalto beirão, É uma paisagem única, resultante do casamento perfeito entre o rebelde rio e as íngremes encostas, que o rodeiam. A mão do Homem moldou este vale, rasgando os xistos, para construir os socalcos, por onde trepam as videiras, de cujas uvas, se produz o célebre Vinho do Porto.
As minhas origens são durienses. Amo aquele rio, aqueles montes e aqueles vales, assim como as suas gentes.

quarta-feira, 3 de março de 2021

Homenagem


Em homenagem ao meu cunhado, Manuel Oliveira Santos, que faleceu hoje: "Que os céus do Deus, em que tu sempre acreditaste com fervor, se abram, para te receber, ao som festivo das trompas divinas, sopradas pelos anjos celestiais. Aí, encontrarás o aconchego da eternidade.
Todos te choramos, com pesar e saudade.

                                                                                                                                                                                      Alexandre de Castro