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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Poema aos ventos dos céus





Poema aos ventos dos céus


Ah!... Como é dilacerante
a luta entre o Espírito e a carne
entre a Matéria e o Verbo
a Terra treme debaixo dos meus pés
quando amo
e todos os sonhos do mundo
cabem dentro de mim…

Não há paz no Universo
para meu sossego…

Procuro-te, oh deusa dos céus
dentro da minha visão lunática
que me leva ao princípio dos abismos…

Tudo se apaga à minha volta
e só consigo ver o luzeiro do céu estrelado
e o galope dos ventos cósmicos
que te fecundam…

Alexandre de Castro

Lisboa, Outubro de 2015


2 comentários:

Sónia Micaelo disse...

Belo, Alexandre!

Alexandre de Castro disse...

Obrigado Sónia.
Desculpa o atraso da resposta, mas só ontem é que reparei nesta rua mensagem, mensagem que me aliviou, pois agora estou sempre à espera de "sinais teus.
Espero que esteja tudo bem contigo.
Beijo.