A França sempre nos habituou a ser a aurora das
revoluções. E, agora, já não são os estudantes românticos do Maio 68 a
manifestar-se, nem os operários a fazer greves, uns e outros já domesticados
pelo sistema. Agora, são todos aqueles franceses da França profunda e "do
fim do mês difícil", que apoiam este movimento dos coletes amarelos, um
movimento que poderá vir a ser capturado pela extrema - direita, se é que o
referido movimento – sem liderança visível e que se apresenta como uma
estrutura inorgânica e horizontal – não nasceu por uma sua secreta inspiração.
De qualquer maneira, vem-nos à cabeça o Maio 68.
Alexandre
de Castro