Centro Oncológico Dra.
Natália Chaves - Carnaxide
LOUVOR
A crítica fundamentada e objectiva envolve ou o
protesto indignado ou o elogio rasgado. E, neste caso, é o autêntico elogio que
o subscritor pretende expressar neste pequeno apontamento.
A primeira impressão positiva a registar, para
quem cruza este espaço, o Centro Oncológico Dra. Natália Chaves, remete para a
concepção arquitectónica do edifício, a marcar a sua modernidade, através do
estilo sóbrio das suas linhas rectilíneas e da nobreza, ajustadamente simples e
desnudada, dos materiais utilizados, quer no seu exterior, onde se consegue uma
harmonia com a paisagem ajardinada envolvente, quer, principalmente, no seu
interior, onde, num cruzamento de uma combinação feliz, se descobre uma
estética, despojada de inúteis maneirismos, e, ao mesmo tempo, se consegue
obter a respectiva funcionalidade, para o fim em vista.
Uma outra observação positiva, a registar, e
esta, talvez, a mais importante e a mais significativa, já que se trata da
humanização deste espaço, vai dirigida directamente para os funcionários da
instituição, com quem o subscritor mais lidou, ao longo destes dois meses do
seu tratamento. Embora não se encontre credenciado para proceder a uma qualquer
avaliação sobre as respectivas competências técnicas, o subscritor, de uma
forma indirecta e sumária, pode anotar, com toda a segurança, o bom desempenho
profissional desses funcionários, que se detecta pela forma expedita e segura
como cumprem os rigorosos protocolos instituídos, para cada função a
desempenhar. E tudo isto só é possível, porque a direcção da instituição soube
assumir uma gestão criteriosa e rigorosa dos procedimentos a aplicar para todas
as funcionalidades inerentes à sua missão. Assim se explica a ausência de
confusões e, a cada momento, o surgimento de uma grande aglomeração de doentes,
ao mesmo tempo que se proporciona e o seu atendimento atempado.
E, tal como uma cereja em cima de bolo, é de
registar a enorme e espontânea simpatia, sem ser compulsivamente forçada, com
que todos funcionários da instituição envolvem os doentes. E aqui, embora não
pretenda discriminar ninguém, e, talvez, porque o acaso determinou uma maior
frequência de contactos no processo de atendimento, é de toda a justiça
destacar a simpatia e o aprumo profissional da recepcionista, D. Sónia Canelas.
E é, principalmente, pelo ângulo desta
perspectiva humanizante, que o subscritor regista, com agrado, o seu
agradecimento aos profissionais de enfermagem e aos técnicos de radioterapia,
bem diferenciados tecnicamente, às recepcionistas, diligentes e simpáticas, no
atendimento, aos funcionários administrativos e aos imprescindíveis
funcionários auxiliares, e isto sem esquecer a valiosa prestação da médica,
Dra. Rosário Vicente, assim como a oportuna intervenção avulsa da senhora
enfermeira Paula Dias, a quem o subscritor apelidou amavelmente de a sua
querida torturadora.
Alexandre
Lopes de Castro
Jornalista
Lisboa,17 de Dezembro de
2018